Artigo por Ricardo Malinovski.
A indústria automobilística sempre foi vista como um termômetro da economia. Se as vendas vão bem e a produção industrial demonstra crescimento é um sinal de aquecimento.
Em recente anúncio, a Toyota confirmou R$ 11 bilhões no Brasil até 2030 para expandir operações. Outra novidade vem do Grupo Stellantis, que detém as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram. Serão R$ 30 bilhões para o lançamento de 40 novos produtos no Brasil, entre 2025 e 2030.
Menos prestigiado nas grandes mídias, porém com investimentos tão ou mais significativos é o setor florestal brasileiro, que a cada ano fortalece sua posição como um dos mais fortes do mundo. Como comparativo, o empreendimento do grupo chileno Arauco em Mato Grosso do Sul, prevê investimentos da ordem de R$ 28 bilhões. A primeira fase do projeto para uma fábrica de papel e celulose tem previsão para entrar em operação em 2028 e a segunda fase em 2032.
No Paraná, em outro movimento de mercado, a Klabin confirmou a aquisição da operação florestal da Arauco. O aporte gira em torno de R$ 5,73 bilhões.
Em Lençóis Paulista (SP), a Bracell segue com as obras de construção da que será a maior fábrica de papel tissue da América Latina. Serão investidos R$ 5 bilhões na cidade, sendo R$ 2,5 bilhões na construção da fábrica, que tem previsão de operar ainda este ano.
Por último, mas não menos importante, está o planejamento de longo prazo da Suzano. Ao completar 100 anos de história em janeiro, a empresa anunciou a destinação de U$ 100 milhões em seu projeto de legado. A previsão é que inicialmente US$ 30 milhões sejam destinados a iniciativas de pesquisa, geração de conhecimento e educação para a sustentabilidade.
Longe de querer competir com o setor automobilístico, que fabrica produtos que geram gases do efeito estufa, o setor florestal, pelo contrário, produz materiais biodegradáveis e, além de tudo, planta árvores.
Que a grande mídia se sensibilize e comece a divulgar informações mais positivas do nosso setor.